No projeto da Mad About Dreams, há uma vertente que considero valiosa e essencial, que é a solidariedade e a contribuição. Acredito que quando damos desinteressadamente, com alma e entrega, o universo um dia devolve, em amor, em respeito, em reconhecimento, em valorização pessoal, em alegria. Por isso é importante transmitir estes valores, partilhá-los com quem queremos motivar no dia dia, contagiando positivamente as outras pessoas, num mundo que está cada vez mais individualista e virado para si, para o que não tem, para o que quer ter…para as coisas materiais. Neste sentido, achei interessante criar um grupo no facebook para Mulheres Inspiradoras, que contemplasse entre os seus propósitos de partilha, motivação, empoderamento e desafio, também esta vertente solidária, pois quando trabalhamos para uma finalidade comum, colocamos as nossas energias em algo maior do que nós, alargando os nossos horizontes sobre o mundo, que tantas vezes limitamos e balizamos, centradas que estamos nos nossos próprios mundos internos. Se percebermos que juntas podemos ajudar a construir uma sociedade melhor e mais justa, esse trabalho transformador, pode ser o leitmotiv para a nossa ação, para sairmos de uma depressão, para abandonarmos crenças limitadoras, e reforçarmos a nossa confiança e autoestima. Por todos estes motivos, decidi que era útil uma iniciativa solidária que pudesse ser o motor de arranque para envolver as pessoas neste movimento. Logo que senti este desejo, procurei imediatamente, algumas pessoas que me ajudassem a realizar esta ideia, e no mesmo dia falei com a pessoa certa, a Cidália Godinho, da Associação Portuguesa de Reiki, que desenvolve entre outras atividades, Coaching, Leitura de Aura e facilita Cursos de Reiki e retiros, que prontamente aceitou o desafio. Foi assim que nasceu a ideia de fazer um Passeio dos Sentidos Solidário que revertesse a favor de uma instituição. O sonho tomou forma e extravasou o grupo das mulheres inspiradoras, alargando-se a mais pessoas que se juntaram a nós. Hoje o sonho realizou-se, com o Passeio dos Sentidos Solidário, na Penhinha, Sintra, e juntos contribuimos para ajudar a alimentar os animais da União Zoófila. Contou com um passeio à floresta encantada da Peninha, onde desfrutámos do silêncio e do contacto com a natureza, com os cheiros, os sons dos pássaros e a envolvente mística, de uma névoa leve e húmida. Embrenhados na floresta, desfrutámos do momento, sem pressas, contemplando o que nos rodeava. Houve tempo também para o riso, através de uma breve demonstração de exercícios de yoga do riso; de partilha de situações de vida através da escuta ativa e incentivo, entre outros momentos. Sem dúvida, foi um passeio que nos permitiu descomprimir, aliviar a carga da semana, respirar fundo e ainda sermos solidários. Não podia ter sido mais gratificante. Futuramente, esperamos que iniciativas deste género se repitam, que voltemos a abraçar uma causa solidária, participando através de uma iniciativa, que envolva trabalho voluntário, reunião de donativos ou géneros. Porque o sonho comanda a vida, há que ajudar a concretizar e a tornar o mundo um sítio melhor! Ana Machado
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A falta de perdão é um dos “pecados capitais” da nossa instabilidade emocional, o qual muitas vezes por medo de fraqueza, por orgulho ou medo de exposição preferimos não aceitar, ou não pedir. E na verdade, quem continua preso a essa ideia, a essa pessoa, a essa situação? Sempre nós, não é verdade? Quantas horas, quantos dias, quantas noites mal dormidas não despendemos da nossa vida a querer esquecer algo que não há maneira de apagar, porque ali está a morder, a consumir-nos, a deitar-nos abaixo, a remoer naquele discurso viciante e angustiado da mente. Mas nós perdoar? Ah isso não! Porque não dá jeito, porque não... porque isso era dar o braço a torcer, porque isso nos vai fazer doer…era o que faltava… ora, logo aquela pessoa, aquela situação que nos magoou tanto… Mas, essa é uma escolha nossa. Preferimos acabar com isso para nos libertar? Ou preferimos manter essa cruz no peito, esse ódio a germinar e a dar frutos dentro de nós? Preferimos manter o discurso das vítimas, dos coitadinhos, dos enganados, burlados, magoados e injustiçados, ou aceitar que os outros não souberam fazer melhor, ou têm outras limitações, outros padrões, outra educação, ou que desconhecemos os motivos que os levaram a ter determinadas condutas? Perdoar não significa que aceitemos novamente na nossa vida essas pessoas que nos magoaram, que nos humilharam, apenas que aceitámos o que aconteceu e que queremos seguir em frente libertando-nos, com o coração leve porque deixámos ir toda a raiva acumulada, todo o ressentimento, todo lixo que deixámos agarrado em nós. Deixo-te agora com uma sugestão, que só aceitas, se quiseres e se estiveres interessado (a) em te libertar, obviamente. Escolhe uma pessoa ou uma situação que te esteja a incomodar a tua paz de espírito. Fecha os olhos, concentra-te nisso e questiona-te:
Fico à espera dos teus comentários, das tuas experiências, dos teus processos de aceitação e perdão. Ilumina-te com tudo o que te aconteceu…é mais uma aprendizagem para seguires em frente! Ana Machado O tema de reflexão deste post é dedicado ao delicado assunto do “dar e receber”. E chamo delicado, porque nós mulheres, temos o péssimo hábito de sermos doadoras em excesso, e por isso a tendência natural é para darmos mais do que recebemos nas nossas relações, sejam elas amorosas, de amizade, profissionais ou outras. E isso faz-nos sofrer, muitas vezes em silêncio, por não nos sentirmos em equilíbrio. Mas, se invertermos a questão e perguntarmos, e nós sabemos receber? A verdade é que muitas de nós responde que não está recetiva para receber nada dos outros, como se fosse algo que diminuísse a sua condição.
Este facto é algo que trazemos connosco das nossas ancestrais, dos nossos códigos culturais, se percorrermos o historial das mulheres que nos moldaram, verificamos uma herança de valores transmitida por mães, avós e bisavós, em que o correto era que a mulher desse e servisse através dos seus papéis de esposa e de mãe. «Mulher que é mulher deve servir», foi isto que foi passado de geração em geração, durante séculos, e por todos esses factores, apesar de todo o progresso e modernismo, há traços de caráter e atitude que dificilmente conseguem mudar entre nós, sentindo-nos por vezes num plano de contradições. O coração pede uma coisa e a mente outra. Por isso nós mulheres, que fomos criadas para esses papéis de doadoras temos tanta dificuldade em admitir um “Não” aos outros, preferindo tantas vezes sacrificarmo-nos e darmos o que temos e não temos, mesmo que esgotadas. Aprendemos a não saber receber, porque isso pode representar vulnerabilidade ou fraqueza. E no entanto, isso não tem nada a ver, pois podemos ser fortes e estarmos disponíveis para receber o que nos dão. O que aqui importa salientar é a importância do conceito de reciprocidade em toda as relações, se eu dou, eu também devo receber. Se nós passamos a vida a dar, dar, dar e não recebemos nada de volta, com a mesma qualidade que demos, algo está errado, e é necessário analisar como estão os pratos dessa balança, quase sempre desequilibrados pela falta de reciprocidade. Estas situações devem ser analisadas sobretudo em casos em que não pode existir amor incondicional, como é o caso das parcerias amorosas, sob pena de se tornar um conceito subversivo e destruir a autoestima e a identidade do excessivo doador. Nesses casos, para que sejam relações de sucesso é importante que haja uma dose equilibrada entre “o dar e receber” para que não existam na nossa história nem vítimas nem algozes. Como temos um instinto maternal, outro erro em que frequentemente caímos é o de encarar as fragilidades dos outros como algo que devemos proteger, e nesse sentido, sentimo-nos super mulheres com o poder de levantar os outros do chão e acolher as suas dores, achamos que se cuidarmos das suas feridas, os outros vão gostar mais de nós e ter mais respeito, quando na verdade o que estamos a fazer é a torna-los reféns e dependentes desse excesso de amor protetor. Damos para poder receber, porque criamos na nossa cabeça a fantasia de estarmos a salvar os outros de si próprios. Quando percebemos que eles não têm a capacidade, a vontade ou o interesse de devolver esse amor que nós lhes damos, a tendência natural é ficarmos muito tristes, amarguradas e julgarmos de pouco agradecidos os que foram protegidos por nós. Mas, a verdade é que os outros até podem ser sugadores de energia e terem um efeito negativo sobre nós, mas fomos nós que criámos uma ideia distorcida de lhes agradar, fomos nós que demos em demasia, esperando que nos fosse retribuído o que esperávamos. É altura portanto de parar um pouco e refletir sobre este tema e perceber se está a existir esse equilíbrio nas nossas vidas ou estamos nós a forçar um dos lados, e compreender de que modo nos estamos a sabotar, por isso não devemos ser nem demasiados doadoras, nem incapazes de receber, nem vivermos só à espera do que nos dão. Enquanto não existir esse meio termo, esse olhar para dentro e averiguarmos a nossa responsabilidade nas nossas relações, vamos andar sempre à volta do mesmo, da queixa e da lamúria, a atribuir a culpa aos outros, e fazermo-nos de vítimas inocentes. É hora de agir e parar o padrão que temos arrastado ao longo da vida e fazer algo de novo e diferente. Queres resultados diferentes? Toma novas atitudes! Ana Machado Hoje venho falar-vos da Procrastinação, síndroma que todas nós, de vez em quando, sofremos, e que é nada mais, nada menos, do que ter a tendência para adiar constantemente uma tarefa, uma decisão, uma reflexão, empurrando as mesmas para o dia seguinte, ou para uma ocasião mais propícia, e a verdade é que os dias vão passando, os prazos vão-se arrastando e nada se faz sobre o assunto. Para justificar o sucedido dizemos que não estamos preparados, ou que não estão reunidas as condições ideais, inventamos sempre as melhores desculpas para validar a nossa falta de ação. Consegues rever-te nesta situação? É um padrão na tua vida, ou uma situação pontual? Sabes o que te está a impedir de agires? O que sentes por te veres enredada numa teia que te bloqueia? Tens dificuldade em estabeleceres prioridades na tua vida? Chegas constantemente atrasada a compromissos ou nunca consegues cumprir um prazo estabelecido anteriormente? Se este é o teu caso, o coaching pode ajudar-te a entenderes as razões que te levam a adiar sistematicamente tarefas ou situações, permitindo-te estabelecer metas realistas que consigas cumprir, planear melhor a tua vida e as tuas tarefas e identificar claramente as tuas prioridades e gerir melhor o teu tempo. Neste sentido, o coaching pode ser uma ferramenta de autoconhecimento essencial para estes casos, porque muitas vezes o ato de adiar constantemente situações e decisões, podem ter razões mais profundas, que nem sempre temos consciência, permitindo-nos perceber que emoções são despertadas pelo ato de procrastinar, e o modo como lidamos com elas, pois muitas vezes essas situações são uma autossabotagem da nossa mente, produzida por algo que nos condicionou nesse sentido. Quantas vezes nós não evitamos fazer algo, porque uma experiência anterior nos deixou marcas de fragilidade? Logo a reação mais comum, quando repetimos alguma experiência semelhante é congelar, não agir, adiar, remetendo a mesma para uma altura em que nos possamos sentir mais capazes de lidar com essas emoções, que vêm ao de cima novamente. Se este síndroma está a começar a ganhar contornos insustentáveis na tua vida, seja na área profissional ou pessoal, o que te posso propor é que tentes começar a fazer algo sobre o assunto, nem que seja dares um pequeno passo em relação a isso. Se tiveres essa iniciativa, que para ti até pode ser bastante pequena, essa ação será como uma engrenagem, levará a que tudo se mova e agilize, ainda que seja ao teu ritmo e ao teu tempo. Se por acaso, estás com um desafio de organização de papelada, de organização doméstica, ou um trabalho académico que necessita urgentemente ser acabado, não te deixes assustar pela tarefa na sua globalidade. Decompõe-na em pequenas ações e tarefas, faz um plano à semana, à quinzena, ao mês, e começa aos poucos a engrenar na sua realização. A motivação surgirá a partir do momento em que começas a ver coisas a serem solucionadas e resolvidas. Mesmo que a tarefa seja particularmente complexa, acredita que, com o tempo e a planificação adequada, tudo se consegue e tudo se faz, etapa a etapa, chegarás lá. E depois de cada meta estabelecida, e da tua ação cumprida, celebra a sua realização, faz algo para te mimar e te fazer ganhar confiança nas tuas capacidades. Podes também inventar estratégias que tornem a ideia de planificação das tarefas algo mais divertido e criativo, podendo arranjar um planner, daqueles bonitos que se vendem agora nas lojas, onde podes distribuir as atividades a desenvolver, colocar uns post-its coloridos, usar umas agendas com um design sugestivo, um quadro fixo onde assinalas as tuas tarefas diárias ou semanais, num local da casa ou do escritório, bem visível, colocar toques no telemóvel com lembretes ou mensagens a dizer o que tens de fazer ou com palavras de encorajamento e motivação para que faças as mesmas com mais positivismo. Tudo vale quando queremos dar o nosso melhor e provar a nós mesmas que conseguimos superar esse síndroma, que tantas vezes nos bloqueia e impede de viver dias melhores e fantásticos. Eu sei que depois de leres este texto já te sentes mais motivada, por isso o meu desafio é que comeces esta semana mesmo aquela tarefa que há tempos vens adiando ou que ganhes coragem para ir para a frente com determinada decisão. É hora, é agora, vamos lá! Ana Machado |
AutorAna Machado - Mad About Dreams Arquivos
Setembro 2017
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