Viver exige saber quem somos e o que queremos da vida, conhecer-nos bem é assim um dos maiores segredos para sermos felizes, tornando-nos mais conscientes dos nossos desejos, dos nossos porquês e das nossas necessidades. Se não sabes quem és, nem o que queres, limitaste-te a ir na corrente e sofres daquilo a que Tony Robbins, famoso palestrante motivacional, coach e um dos nomes de referência da Programação Neuro –Linguística e do Desenvolvimento Pessoal, apelidou de «Síndroma de Niágara». Mas no que consiste este síndroma? É perigoso? É assustador? A resposta é afirmativa e pode dizer-se que quem sofre deste mal pode mesmo ter um triste fim, pois é eminente o colapso e a queda. O «Síndroma de Niágara», consiste em deixares-te ir na corrente do rio, que é a vida, sem saber onde esse rio poderá ir dar… num estado completamente inconsciente, o que desconheces é que esse rio pode começar a ter uma correnteza com que não contavas e começas a afastar-te muito das margens e da tua zona confortável. Nesse momento desperta em ti o medo, a ansiedade da fúria daquele rio, que não sabes para onde te leva e arrasta…tu queres trazer o barco para fora de perigo, mas dás conta que o teu barco não tem remos e se aproxima a velocidade veloz de uma enorme catarata e não tardas a ver um precipício enorme, e o teu fim está para breve. Assustador, não é? Bem sei que se trata de uma metáfora impactante, mas é o que nos espera, quando não sabemos bem o que andamos a fazer com a vida, sem planos, sem sonhos, sem objetivos, acionando apenas o piloto automático e vivendo para o dia-a-dia, sem questões, nem objeções. Limitamo-nos a existir! Se não queres ser mais uma a ir na corrente, define o teu rumo, antes que seja tarde demais. Podes ter tentado, podes até ter caído, e não conseguires reerguer-te no momento, o que interessa é que saibas que nesse estado é que não podes continuar. Demora o tempo que necessitares para te levantar, pois se até «Roma e Pavia não se fizeram num dia», tu também podes levar o teu tempo. Lembra-te que se tu não tiveres planos para a tua vida, alguém os vai ter por ti… e se não assumires o controlo da situação nunca saberás como poderá ser a melhor versão de ti mesma. Nunca te esqueças, que tal como Mark Twain um dia escreveu, «os dias mais importantes da tua vida são o dia em que nasceste e o dia em que te deste conta do porquê» Mark Twain Ana Machado
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O livro sobre o qual gostaria de vos falar hoje é o «Do Drama para o Dharma», de autoria de Vera Luz, que nos apresenta a história de uma mulher chamada Sara, que como todas nós, é uma mulher que carrega aos ombros uma história de vida, repleta de padrões, de crenças limitantes, de medos e de hesitações. Através deste relato percorremos uma interessante experiência de vida, revemo-nos no percurso de Sara, nas dificuldades que encontra e que tem de lidar, nos medos que a perseguem, nomeadamente a falta de autoestima e de amor próprio, o medo da rejeição, a falta de amor, a cobrança e a vitimização. Vera Luz descreve as várias fases porque passa Sara ao longo da sua vida, e como a Regressão e a Astrologia podem ajudar a entender e descortinar certos aspetos da vida, dando-lhe um sentido mais elevado. Com uma perspetiva espiritual, baseada nas leis universais, é possível identificar como podemos evoluir e crescer com as experiências que trazemos sob a forma de karma e de como podemos ultrapassar os nossos bloqueios. É importante entender que o que atraímos na nossa vida é tudo uma questão de energia, e por isso os outros à nossa volta acabam por ser um reflexo do que emanamos energeticamente. Este livro permite-nos assim um olhar atento sobre quem somos, como podemos aceitar a nossa essência, e olhar para dentro para encontrar as respostas que buscamos. O interessante na história de Sara é que ela descobre que tudo começa fora do perímetro de segurança e só assim é possível sair do círculo vicioso em que se move, mostrando-nos o poder maravilhoso do amor próprio, e da autenticidade. De Marrocos até à Índia, Sara vai descobrindo novos horizontes, e uma força que julgava impossíveis, conhecendo-se cada vez melhor, o que lhe permite escolher caminhos que não supunha existirem e que lhe revelam sentimentos e realidades deslumbrantes. Este livro permite-nos também refletir sobre as belas histórias de amor, como lições que devemos ter nesta vida, desmistica-nos a ideia romântica e cor de rosa do «felizes para sempre», pois as pessoas só se relacionam enquanto houver algo que tenham que partilhar e aprender, nada dura para sempre e deve aceitar-se isso com humildade, em vez de se reagir com excesso de apego, cobrança e desamor quando as relações terminam, numa teia de sentimentos e sensações de vibração densa que se multiplica e de onde não é fácil sair ileso. «Reencontros kármicos amorosos existem, sim, mas não para serem vividos na ilusão do “juntos para sempre”. São encontros fabulosos, cheios de emoções intensas e inexplicáveis e que se dão com a intenção de entreajuda amorosa entre duas almas. São uma maneira discreta do Universo nos lembrar que a vida é muito mais do que aquilo que vemos no nosso dia a dia»., In: «Do Drama para Dharma». Ao ler este livro certamente encontrarão uma esperança para enfrentar dias difíceis, lidar com amores kármicos inexplicáveis, com as dores de alma, com a insegurança das decisões a tomar. Um livro que nos mostra que é importante entender os factos para além da racionalidade e perceber como podemos aceitá-los e integrá-los numa perspetiva evolutiva para chegar a um patamar de desenvolvimento e crescimento interior mais elevado. Só quem passa pelas dificuldades pode dar valor à vitória, às conquistas e à paz de espírito. «Do Drama para o Dharma» revela-nos assim, através da sua narrativa, que não devemos desistir de ser felizes, porque a felicidade não é o destino, mas o caminho até lá chegar. Ana Machado Hoje venho falar-te de algumas armadilhas que estão presentes no nosso quotidiano e que nos impedem de ter sucesso e êxito na realização dos nossos sonhos e objetivos. Essas armadilhas são colocadas por nós mesmas, por isso por sermos as únicas responsáveis por essa situação, devemos tomar consciência da sua existência e tomar algumas medidas para não cairmos nos seus perigos e enredos.
Uma das mais frequentes tem a ver com o excesso de passado nas nossas vidas, com as nossas crenças limitadoras, que alimentamos com as experiências anteriores que podem não ter corrido bem. Senão correram bem, e porque temos o péssimo hábito de nunca nos responsabilizarmos pelos nossos atos e assumir as consequências de ações mal calculadas ou os nossos próprios erros, tendemos a acreditar que não vai correr bem novamente, e pode nem ser possível repetir a experiência porque nos vai causar dor, ao recordar o que correu mal no passado. Ao estarmos muito ligadas ao passado e aos episódios que nele ocorreram estamos a condicionarmo-nos ao que possa ter acontecido, quer de bom quer de ruim, e não estamos a viver o momento presente, a encarar os riscos, estamos sempre a projectar as experiências do passado na realidade. Tomemos como exemplo as relações amorosas. Quantas mulheres não continuam presas a relacionamentos do passado, porque carregam com elas a dor do sofrimento, os aspetos negativos da relação, o condicionamento da sua mentalidade, preferindo ficar nesse estado do que dar uma nova oportunidade e tentar fazer algo de diferente na sua vida? Temem que se repitam os mesmos erros, as mesmas vivências, os mesmos padrões e quanto mais pensam nisso, mais se afundam no passado e não avançam na vida. Outro síndroma ligado ao passado é o sentimento de nostalgia, de recordar algo que já passou e do qual não se consegue sair, permitindo a entrada de algo novo, que injecte uma nova energia no presente. Quem fica retido por estes tempos passados seja pela dor ou pela nostalgia acaba por ter mais dificuldades em evoluir, em avançar rumo ao sucesso, pois remete para uma época que já não existe mais, que passou lá atrás. Nesses casos é fundamental colocar um ponto final parágrafo e recomeçar de novo. O futuro é a segunda armadilha com que nos deparamos e nos impede de ter mais sucesso nos nossos objetivos, isto porque o futuro, tal como o passado é um tempo que não existe, consiste em projeções, não tem tangibilidade, é uma criação da nossa mente. Temos de parar de colocar o poder no amanhã e deixar de procrastinar as ações, adiando-as em nome de um futuro que ainda não chegou, “deixando para amanhã o que se pode fazer hoje”. Por outro lado, ao ter apenas como foco o futuro, e por ele parecer ainda um pouco distante, pode também causar-nos a ideia de ir ao sabor do vento, sem estabelecer objectivos e lutar pelos ideais. Outra das armadilhas e sem dúvida a mais nefasta é a autosabotagem. São os discursos da mente que nos enredam e nos criam pensamentos direcionados para o fracasso e falhanço, que se expressam naquela vozinha que ouvimos na nossa cabeça e nos diz: «Não és suficientemente boa», «isto não vai resultar», «ninguém gosta de ti», «tu não mereces isso». E enquanto alimentarmos esta vozinha só vamos diminuindo a qualidade dos nossos pensamentos, sentimentos e atitudes, porque nós somos aquilo em que acreditamos, se não acreditamos no nosso valor, o mais provável é que tal se verifique. Assim, a autosabotagem traduz-se em fazermos dramas existenciais, levando-nos a duvidar, a desistir antecipadamente e a não acreditar nas nossas capacidades, porque se traduz numa autêntica falta de fé em nós. Como podemos contrariar estas situações? - Concentrarmo-nos sempre no presente. - Focarmo-nos nos objetivos que queremos alcançar e estabelecer metas. - Erradicar as crenças limitadoras e substituí-las por crenças fortalecedoras. - Fomentar o pensamento positivo diariamente. - Alimentar a criatividade e o empoderamento pessoal. - Fazer atividades que nos coloquem sintonizados com o aqui e o agora e nos libertem a mente, como Meditação ou Mindfulness. - Praticar a gratidão e ver sempre aspetos importantes e gratificantes na nossa vida. - Sentirmo-nos úteis e a contribuir para causas sociais ou humanitárias. Ao percebermos melhor os nossos pontos fracos, as armadilhas em que frequentemente caímos, temos tudo para poder contorná-los, e melhorar as nossas condutas, aumentando significativamente os nossos resultados. Que te parece? O livro sobre o qual gostaria de vos falar hoje anda nas bocas do mundo, está nos tops de venda, destaca-se nos escaparates das bancas das livrarias, e não é sobre violência, nem sexo, nem histórias de corrupção, mas sobre o conceito de felicidade para os dinamarqueses, que para eles se traduz na palavra «Hygge». O Livro do Hygge: O Segredo Dinamarquês para ser feliz, de autoria de Meik Wiking, (Presidente do Hapiness Research Institute) revela-nos aspetos simples da vida dinamarquesa, essenciais para a sua qualidade de vida, que não são medidos em termos monetários ou materiais, assentando mais no conforto, na intimidade, no prazer de aspetos do quotidiano partilhados com os outros. Para os dinamarqueses, hygge «trata de atmosfera e experiência, e não de coisas. Trata de estarmos com os entes queridos. A sensação de estar em casa. A sensação de estar a salvo, escudados do mundo e de podermos baixar a guarda. Podermos ter uma conversa infindável sobre as pequenas ou as grandes coisas da vida- ou apenas estarmos à vontade na companhia silenciosa dos outros- ou ainda estarmos simplesmente sozinhos a apreciar um chá». Por terem uma qualidade de vida acima da média, e por serem um povo que se nutre socialmente com coisas simples e gostosas, que garantem níveis de bem-estar bastante elevados, a Dinamarca é considerado o país mais feliz da Europa, de acordo com o Relatório sobre a felicidade Mundial de 2016 e outras sondagens e relatórios de anos anteriores. Entre os aspetos que definem o «hygge» encontram-se os seguintes ingredientes: ambiente, presença, prazer, igualdade, gratidão, harmonia, conforto, tréguas, convívio, refúgio. Comecemos pelo ambiente. Os dinamarqueses adoram velas, luzes de baixa temperatura, que deem ambiência, evitando espaços com luminosidade muito artificial, que lhes agrida os olhos e lhes produza desconforto. São por isso consumidores natos de velas e de candeeiros de design, o que confere às suas casas, ou aos locais que frequentam, um encanto único e especial. Também o convívio social com a família e amigos é muito importante para os níveis de felicidade dos dinamarqueses. Embora não sejam um povo que goste muito do contacto físico próximo, são extremamente gregários e gostam de viver experiências em grupo, grupo este que não precisa ser muito grande, pois preferem relacionar-se com um número mais restrito de amigos chegados e familiares, o ideal para as pessoas mais introvertidas, que podem assim socializar sem se sentir demasiado expostas. Dentro destes grupos mais íntimos, os dinamarqueses sentem-se em casa e confortáveis, reunindo-se para partilhar refeições, jogar jogos de tabuleiro, conversar, ver a lareira crepitar, cozinhar, beber um copo de vinho quente, ou simplesmente assistir a filmes na televisão. Por terem um clima particularmente frio durante o inverno, esta época é excelente para se viver o hygge, convidando a práticas no conforto do lar, com boa comida, lareiras acesas, velas e mantas. A comida e a bebida são aspetos também muito importantes para a felicidade desta gente nórdica, pelo que quanto mais suculento e doce for, melhor. Apreciam os sabores intensos, os bolos, o bacon e o vinho quente com especiarias. Faz parte da sua ementa da felicidade as compotas caseiras, os pratos de confeção lenta, os licores que demoram a maturar o sabor, assim como as conservas de alimentos. A casa e a roupa têm de ser necessariamente confortáveis para serem consideradas hygge, recomendando-se o vestuário por camadas, as meias e camisolas grosas de lã. Na casa, não devem faltar recantos para os sofás, as mantas e as almofadas, que são autênticos refúgios depois de um dia de trabalho. O Natal por ser a época mais fria e escura do ano e também por permitir muitos momentos de partilha de felicidade é considerado o momento mais hygge no calendário dinamarquês, aliando as tradições, a criatividade e o empenho que todos colocam na celebração dessa festa. É o momento ideal para saborear as iguarias, partilhar memórias e reunir a família e os amigos.
A prática da gratidão deste povo vivida no seu quotidiano permite-lhes viver na base do aqui e do agora, aproveitando os prazeres das coisas simples, como seja um bolo de chocolate, o convívio com os filhos, um jogo de tabuleiro com a família, o folhear de um álbum de fotografias. É esta simplicidade presente nas suas vidas, que lhes permite viver em comunhão com o que é mais importante, esquecendo as superficialidades, as futilidades e aparências. Não é preciso parecer, é preciso ser. É por isso que a felicidade pode ser tão simples… Tendo em conta este exemplo de hygge, faço-vos uma proposta, por que não introduzir mais alguns destes elementos simples nas vossas vidas e parar de complicar tanto? Sejam felizes! Sejam simples! |
AutorAna Machado - Mad About Dreams Arquivos
Setembro 2017
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