Hoje venho falar-te de algumas armadilhas que estão presentes no nosso quotidiano e que nos impedem de ter sucesso e êxito na realização dos nossos sonhos e objetivos. Essas armadilhas são colocadas por nós mesmas, por isso por sermos as únicas responsáveis por essa situação, devemos tomar consciência da sua existência e tomar algumas medidas para não cairmos nos seus perigos e enredos.
Uma das mais frequentes tem a ver com o excesso de passado nas nossas vidas, com as nossas crenças limitadoras, que alimentamos com as experiências anteriores que podem não ter corrido bem. Senão correram bem, e porque temos o péssimo hábito de nunca nos responsabilizarmos pelos nossos atos e assumir as consequências de ações mal calculadas ou os nossos próprios erros, tendemos a acreditar que não vai correr bem novamente, e pode nem ser possível repetir a experiência porque nos vai causar dor, ao recordar o que correu mal no passado. Ao estarmos muito ligadas ao passado e aos episódios que nele ocorreram estamos a condicionarmo-nos ao que possa ter acontecido, quer de bom quer de ruim, e não estamos a viver o momento presente, a encarar os riscos, estamos sempre a projectar as experiências do passado na realidade. Tomemos como exemplo as relações amorosas. Quantas mulheres não continuam presas a relacionamentos do passado, porque carregam com elas a dor do sofrimento, os aspetos negativos da relação, o condicionamento da sua mentalidade, preferindo ficar nesse estado do que dar uma nova oportunidade e tentar fazer algo de diferente na sua vida? Temem que se repitam os mesmos erros, as mesmas vivências, os mesmos padrões e quanto mais pensam nisso, mais se afundam no passado e não avançam na vida. Outro síndroma ligado ao passado é o sentimento de nostalgia, de recordar algo que já passou e do qual não se consegue sair, permitindo a entrada de algo novo, que injecte uma nova energia no presente. Quem fica retido por estes tempos passados seja pela dor ou pela nostalgia acaba por ter mais dificuldades em evoluir, em avançar rumo ao sucesso, pois remete para uma época que já não existe mais, que passou lá atrás. Nesses casos é fundamental colocar um ponto final parágrafo e recomeçar de novo. O futuro é a segunda armadilha com que nos deparamos e nos impede de ter mais sucesso nos nossos objetivos, isto porque o futuro, tal como o passado é um tempo que não existe, consiste em projeções, não tem tangibilidade, é uma criação da nossa mente. Temos de parar de colocar o poder no amanhã e deixar de procrastinar as ações, adiando-as em nome de um futuro que ainda não chegou, “deixando para amanhã o que se pode fazer hoje”. Por outro lado, ao ter apenas como foco o futuro, e por ele parecer ainda um pouco distante, pode também causar-nos a ideia de ir ao sabor do vento, sem estabelecer objectivos e lutar pelos ideais. Outra das armadilhas e sem dúvida a mais nefasta é a autosabotagem. São os discursos da mente que nos enredam e nos criam pensamentos direcionados para o fracasso e falhanço, que se expressam naquela vozinha que ouvimos na nossa cabeça e nos diz: «Não és suficientemente boa», «isto não vai resultar», «ninguém gosta de ti», «tu não mereces isso». E enquanto alimentarmos esta vozinha só vamos diminuindo a qualidade dos nossos pensamentos, sentimentos e atitudes, porque nós somos aquilo em que acreditamos, se não acreditamos no nosso valor, o mais provável é que tal se verifique. Assim, a autosabotagem traduz-se em fazermos dramas existenciais, levando-nos a duvidar, a desistir antecipadamente e a não acreditar nas nossas capacidades, porque se traduz numa autêntica falta de fé em nós. Como podemos contrariar estas situações? - Concentrarmo-nos sempre no presente. - Focarmo-nos nos objetivos que queremos alcançar e estabelecer metas. - Erradicar as crenças limitadoras e substituí-las por crenças fortalecedoras. - Fomentar o pensamento positivo diariamente. - Alimentar a criatividade e o empoderamento pessoal. - Fazer atividades que nos coloquem sintonizados com o aqui e o agora e nos libertem a mente, como Meditação ou Mindfulness. - Praticar a gratidão e ver sempre aspetos importantes e gratificantes na nossa vida. - Sentirmo-nos úteis e a contribuir para causas sociais ou humanitárias. Ao percebermos melhor os nossos pontos fracos, as armadilhas em que frequentemente caímos, temos tudo para poder contorná-los, e melhorar as nossas condutas, aumentando significativamente os nossos resultados. Que te parece?
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AutorAna Machado - Mad About Dreams Arquivos
Setembro 2017
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