Uma das maneiras de fixarmos os nossos desejos pode ser através de uma bucket list, ou seja uma lista das coisas imperdíveis que gostaríamos de ver realizadas, uma espécie de top 30 que não devemos esquecer e que nos saberá tão bem colocar à frente um visto e pensar: “check!” Vale a pena perder alguns momentos a fazê-la para que ela nos possa guiar ao longo do ano nas nossas opções e nas nossas escolhas, tal como um fio condutor que não nos deixa desviar do caminho traçado. Não tem a força de um objetivo, funcionando um pouco como um estímulo para alcançarmos os nossos sonhos e desafios pessoais de uma forma mais descontraída, mas por outro lado obriga-nos a pensar no que nos faz feliz e no que gostávamos de fazer nos próximos tempos. Mas porquê este nome em inglês, bucket list? A origem da palavra é inglesa e vem da expressão kick the buket, que em português significa «bater as botas». Neste sentido, uma bucket list corresponde aos desejos que queremos realizar antes de morrer, e nessa perspetiva direciona-nos para o que pretendemos aproveitar nesta vida.
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Continuamos com o tema dos objetivos por ser a época ideal para fechar ciclos e começar outros novos, por isso considero que pode ser útil colocares foco no que pretendes ver implementado na tua vida.
Em primeiro lugar é importante que percebas a diferença entre sonhos e objetivos. Nos sonhos tu idealizas uma ação que queres muito concretizar, que te tirará os pés do chão e te dará asas para voar, enquanto os objetivos são o planeamento necessário que descreverás para os atingir. Por esse motivo, uma lista de objetivos, como o próprio nome indica é a forma que tu vais definir para chegares aos teus sonhos. Se não conceberes um plano de ação, o mais certo é ficares por aí, pelo sonho que teima em não sair da fantasia, que tem colorido na tua imaginação, mas nunca terá pernas para andar e ser objetivado. Focado nos objetivos tu concentras a energia nas tarefas que tu podes e queres realizar, defines metas, datas, prioridades na tua vida, colocas motivação nas tuas ações, tomas consciência não só das dificuldades que tens de atravessar, mas também das vitórias, e do gozo que te dará alcançá-las. Neste sentido é importante que estabeleças objetivos anuais, semestrais, mensais ou mesmo diários, para que reforces a tua determinação em fazer de ti uma pessoa empenhada, feliz e realizada. Periodicamente revê-os e faz um balanço das tuas ações e o modo como os estás a conseguir atingir, ou não. Sê flexível, embora não totalmente permissivo, pois a realização de sonhos exige algum esforço e disciplina, e já sabes quanto maiores forem os teus sonhos, maiores os degraus a subir para te aproximares deles. Que tipo de objetivos podes escolher no momento atual que podem ajudar-te a mudar os padrões da tua vida? De acordo com o livro de Maggie João, «Coaching: Um guia essencial ao sucesso do coach, do gestor e de quem quer ainda ser mais feliz», podemos encontrar pelo menos os quatro seguintes: Objetivos de Obtenção – se o teu foco está em alcançares algo, em obter um título académico, um prémio, um novo recorde olímpico, uma nova casa, um novo emprego, uma promoção, ou mesmo, porque não, uma condecoração? O que importa é que te esforces e empenhes para obteres o que pretendes. Objetivos de Desistência– Estes objetivos aplicam-se sobretudo nos casos das adições viciantes, como o consumo excessivo de açúcar (tão comum nesta época do ano), do tabaco, do álcool, entre outros comportamentos desviantes. Neste tipo de objetivos o que se pretende é desistir de hábitos enraizados que não contribuem para o bem-estar do individuo. Se necessitas definir objetivos deste género, nada melhor do que te comprometeres com quem te rodeia, pois ao partilhá-los estás de certo modo a pedir o seu apoio e encorajamento. Objetivos de Insuficiência– são normalmente relacionados com a saúde, e podem ser essenciais quando algo cessa na nossa vida, sendo necessários para suprimir o que está em falta. Estou a lembrar-me por exemplo dos diabéticos, que não podem passar sem medir os níveis do açúcar no sangue ou de comer de x em x tempo, por exemplo. Objetivos de Dissociação – neste tipo incluem-se os objetivos que têm como finalidade a desvinculação, seja de uma equipa, de um casamento, de um grupo de amigos, que podem ser considerados tóxicos, permitindo abandonar comportamentos, hábitos e vivências que já não satisfazem a pessoa. Agora que já sabes mais um pouco sobre objetivos, estás pronto para entrar em ação? – Define um grande objetivo para os próximos 12 meses. – Define 1 objetivo pequeno para os próximos 6 meses. Revê o teu plano semestral em junho de 2017 e verifica o que precisa ser ponderado, o que já foi realizado e o que te ainda falta estipular para os seis meses restantes. Lembra-te que podes sempre ir ajustando o teu plano e moldá-lo às tuas necessidades. Durante esta semana vamos começar a fazer os nossos balanços, utilizando a ferramenta do autocoaching. Vamos passar em perspetiva o nosso ano e assinalar as nossas aprendizagens. Se queres entrar neste desafio que te proponho, segue as questões que irei lançar ao longo destas duas semanas. Vamos criar momentos só para nós, para olhar bem para dentro e preparar 2017, para que este seja um grande ano para todos, no que puder depender de nós! Tim tim, à nossa!
Há momentos na nossa vida em que parece que ela se transforma numa tela a preto e branco, onde passa sempre o mesmo filme repetidamente, onde as mesmas falas já se sabem de cor, sem sentido, não acrescentando nada de novo… Nessas alturas, parece que ligamos o botão do negativismo, e passamos a sintonizar-nos e a vibrar só nessa frequência que nos arrasta cada vez mais para baixo e não nos ajuda a ver soluções à vista. É tudo mau, não conseguimos pensar positivo, viciamo-nos no isolamento, parece que só nos sentimos bem em estar nesse buraco negro que não tem fim, um pouco como o buraco em que a Alice escorregou quando caiu no País das Maravilhas, mas em versão inversa… O que fazer nessas alturas? O primeiro passo, se conseguir, consiste em procurar ajuda, quer da família quer dos amigos, pois desabafarmos, dizer o que nos vai na alma pode ajudar a libertar o fardo pesado que carregamos. Se sentirmos que essa ajuda ainda assim não foi suficiente, por que não recorrer a um profissional, a um psicólogo, um terapeuta de reiki, ou de outras terapias alternativas, que nos fortaleçam o espírito, de um coach, ou de alguém que nos possa ajudar a ver o mundo com um pouco mais de cor? A mensagem que quero hoje aqui deixar é de esperança, para quem neste momento da sua vida está a passar por um caminho desses, porque com um pouco de vontade própria e de empenho, de muito “trabalho interno” é possível ultrapassar esse marasmo de negativismo instalado. Às vezes esse estado depressivo, nem é bem uma depressão, como hoje em dia batizamos todos os estados de ânimo menos positivos, apenas se trata de uma fase em que só atraímos, aquilo que sentimos. Se estiver a passar por esse momento, aceite o que sente, a tristeza, a dor, a angústia, não negue, não resista, não fuja dos seus sentimentos, mas não se entregue de alma e coração à mágoa e ao ressentimento. Nesses momentos de desânimo procure contrariar essa tendência, respire fundo para contrariar a ansiedade, se o tempo estiver bom dê um passeio à beira mar ou uma caminhada no parque, procure ver filmes ou programas que o inspirem, procure algo que o motive, retome um hobbie que se calhar já não fazia há muito tempo, fale com os amigos, combine um café ou um cinema. Não se acomode, nem isole… Lembre-se que tudo passará… e o mais importante é mesmo o amor que sente por si próprio… esse ao ser cultivado diariamente, como uma flor que é regada e alimentada, terá tudo para germinar, crescer, e atrair todo o amor do universo. Para isso, resta-lhe acreditar, o resto virá por si…
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AutorAna Machado - Mad About Dreams Arquivos
Setembro 2017
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